O que ocorre:
O estrabismo corresponde à perda do paralelismo entre os olhos. Pessoas com estrabismo são chamadas popularmente de "vesgas". Existem três formas de estrabismo, o mais comum é o convergente (desvio de um dos olhos para dentro), mas pode ser também divergente (desvio para fora) ou vertical (um olho fica mais alto ou mais baixo do que o outro).
Algumas características:
- Queixas de dor de cabeça pelo esforço que fazem para manter os olhos alinhados;
- Para usar melhor os dois olhos, o estrabico gira ou inclina a cabeça para dar uma posição;
- Apresenta uma característica hereditária e regular, isto é, pode pular algumas gerações;
- Pode ser secundário a algumas doenças como: diabetes, hipertireoidismo, afecções neurológicas.
Como enxerga uma pessoa estrábica:
Depende da idade em que o desvio ocular aparece. Numa situação normal, ao fixar-se num objeto, cada olho focaliza na retina uma imagem nítida. Essas duas imagens, idênticas, são transmitidas até uma região do cérebro chamada córtex occipital e daí são fundidas em uma única, de percepção tridimensional. Quando há estrabismo, a mensagem enviada à região cerebral pelo olho desviado não é nítida, ao contrário da emitida pelo globo ocular saudável. Então, duas imagens diferentes são geradas e os olhos passam a interpretá-las das seguintes formas: até os sete anos, o sistema visual das crianças ainda está em desenvolvimento e possui um mecanismo natural de adaptação capaz de eliminar a imagem distorcida. Nesta faixa etária, os portadores do defeito enxergam pouco, embaçado, mas ainda não têm uma visão dupla das coisas. Essa deficiência é conhecida como ambliopia ou 'olho preguiçoso'. É a melhor fase para fazer a correção. Depois dessa idade ou quando a 'vesguice' acontece na fase adulta, não se pode mais contar com esse mecanismo e o cérebro passa a considerar as duas imagens. Ou seja, os estrábicos enxergam tudo em dobro.
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